Conhecido por sua personalidade totalitária e explosiva, o menino adotado, que fugiu da universidade e abriu uma fábrica de computadores na garagem de casa, deixou-nos um legado de produtos que revolucionaram profundamente a indústria de computadores pessoais, da música, dos telefones móveis e da imprensa.
LEGADOS
Steve Paul Jobs nasceu em 24 de fevereiro de 1955, em Los Altos, Califórnia. Foi adotado pelo metalúrgico Paul Jobs, que junto com sua esposa, deram a melhor educação possível a Jobs. Aos 17 anos, Steve abandona a faculdade seis meses depois, devidos aos altos custos. Ao completar 20 anos, Jobs funda na garagem de seu pai, com seu amigo Steve Wozniak a Apple. Com o Macintosh, lançado em 1984, Steve levou a milhares de usuários a facilidade de utilizar os computadores pessoais.
Acostumados com a extrema qualidade dos projetos gráficos das editoras de revistas, livros e jornais atuais, não imaginaríamos que toda esta agilidade industrial foi graças a Steve. Ele inaugurou a era da editoração eletrônica com o lançamento do programa Aldus PageMaker.
Steve sai da Apple em 1985, após brigas internas. Impulsionado por seu espírito empreendedor, Jobs compra por 10 milhões de dólares a Pixar, companhia de computação gráfica de George Lucas, o criador de Guerra nas Estrelas. Ele lançou filmes que revolucionaram o campo da animação 3D, como Toy Story 3, em 2011, que concorre a melhor filme no Oscar.
Num momento em que a indústria fonográfica já estava perdendo para a pirataria, Steve Jobs, em 1998, inova ao desenvolver o iPod. O primeiro dispositivo já era capaz de armazenar mais de mil músicas. "Não apenas conseguiu produzir um dispositivo de grande sucesso comercial, [...] mas também a iTunes se tornou o distribuidor de música mais bem-sucedido do planeta.", apontou o analista Michael Gartenberg.
Em 2001, Steve revoluciona novamente com o lançamento do iPhone. Até então era difícil distinguir um celular dos outros. Serviam somente para fazer e receber ligações, e no máximo tirar fotos. O iPhone trouxe um conceito mágico: manusear os dispositivos eletrônicos com a ponta dos dedos, além da facilidade da criação de aplicativos.
O velho Jobs passou por uma cirurgia de remoção de um tumor no pâncreas, aos 49 anos, em julho de 2004, a mesma que o levou a morte no dia 5 de outubro de 2011. A doença não abalou o espírito inovador de Steve, que em 2007, lançou o iPad em 2007. Mal foram lançados os notebooks como máquinas dos futuros, e já estavam ultrapassadas. Ele fez reviver novamente a indústria de livros, revistas e jornais.
Agora imagine um mundo onde você pudesse acessar seus arquivos de qualquer lugar, de qualquer dispositivo. Onde perder um aparelho não significaria perder tudo. Tudo isso já não é mais ficção. Jobs anunciou, em julho deste ano, o iCloud. Fotos, músicas e aplicativos estarão, agora, guardados em potentes servidores, na chamada “nuvem”.
“Os produtos de Steve Jobs tiveram tanto impacto em nossa cultura quanto o telefone e o carro. O mundo seria um lugar mais pobre caso não tivéssemos acesso às invenções dele”, apontou o escritor Leander Kahney. "Steve estava entre os maiores inovadores americanos, disse Obama, corajoso o suficiente para pensar diferente, ousado o suficiente para acreditar que ele poderia mudar o mundo e talentoso o suficiente para fazê-lo".